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A Igreja São Francisco de Assis e Santa Clara pertence à Paróquia Santa Luzia de Votuporanga, está situada à Rua Cardoso s/nº no Bairro Parque das Brisas/CECAP II (perto do Clube dos 40) e tem como pároco o Pe. Silvio Roberto. “Ponha a mente no espelho da eternidade. Coloque a alma no esplendor da Glória. Ponha o coração na figura da Substância Divina e transforme-se inteira pela contemplação na Imagem da Divindade.” “Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo, aqui e em todas as vossas Igrejas, que estão no mundo inteiro e vos bendizemos, porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo!”.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010


MARIA DO ADVENTO
Advento, tempo de espera antes da chegada de quem se espera. Se procuramos exemplo para a nossa espera, melhor não podemos encontrar que o da Virgem da Espera Confiante.

O exemplo de Maria Confiante, que esperava a vinda do Messias prometido, sem saber quando e como as promessas se cumpririam. Pela fé, sabia que Deus não falharia; pela fé, aceitava caminhar sem saber para onde a estrada a levaria.
Nossa Senhora do Advento, Nossa Senhora da Fé, Virgem da Espera confiante. Quando de Deus recebe a palavra, que lhe diz que será mãe sendo virgem, que será mãe de Deus sendo criatura, não se recusa, apenas acredita e, na fé, espera que se cumpra o prometido.

Se o tempo da espera se faz curto – nove meses não são muito – nem por isso o mistério se faz menor. Grandeza havia nas promessas dos profetas: era mais fácil acreditar no poder divino se que anunciava nas imagens de um Messias poderoso, Rei dos povos, Senhor da paz. Bem mais difícil era crer que Deus era seu filho, e que esperava o momento de nascer.

Nossa Senhora do Advento. Acreditando esperava no seu filho o Salvador, mas não sabia como seria sua vida, o que a esperava, o que Deus exigiria de sua vida que já não era sua. As perguntas eram muitas, e a resposta uma só: “Faça-se em mim tua vontade”. Resposta que bastava para a fé, mas não bastava para os cuidados minuciosos que assaltavam o coração de mulher e mãe.

Virgem da espera confiante. Nove meses – não era muito – mas o bastante para fazer de cada dia um mistério insondável a ser vivido na rotina opaca e mansa, que não deixa ver nenhum milagre. Lavar, varrer, trazer água da fonte, girar o fuso, acender o lume. Fazer o mesmo que faziam as outras, sabendo apenas que, desde agora, tudo para todos terá valor de salvação, porque Deus se fez homem e entre nós se escondeu.

É preciso que eu também aprenda a esperar mesmo quando não parece que o Cristo entre nós esteja vivo. Que eu veja o valor novo da vida, mesmo quando se parece com a vida do dia-a-dia. Que eu creia no amor de Deus, mesmo sem ver nenhum milagre. Que espere a salvação reconhecendo que, por mim mesmo, nada posso que seja bom e exija amor. Que eu viva de modo novo os dias sempre iguais ao que foram outros.

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