
São Nicolau: O verdadeiro Papai Noel da história
Sua encarnação e nascimento são o maior ato de caridade do próprio Deus conosco.
Impossível viver o Natal sem praticar a caridade. Ela amortece o impacto do consumismo exacerbado provocado pelo ‘‘Papai Noel’’ marqueteiro. Aliás, o primeiro e verdadeiro ‘‘Papai Noel’’ foi São Nicolau. Ele inspirou os costumes natalinos. O carisma da caridade o levava a dar presentes de modo escondido, em especial às crianças. Vários países ainda fazem isso no seu dia, 06 de dezembro. Nicolau nasceu por volta de 275 dC em Lícia, e morreu em Mira, como bispo, por volta de 342. Uma e outra cidade ficam na Turquia atual.
Herdeiro de família rica distribuía sua fortuna aos pobres. Deixava o dinheiro nas portas deles à noite para não ser identificado. Muito dedicado em socorrer os necessitados, morreu com fama de santidade e milagres. Sobre sua vida há muitos relatos. Difícil é separar os fatos reais das lendas.
A caridade fez dele um dos santos mais populares dos primeiros séculos. Venerado como padroeiro das crianças, marinheiros, comerciantes e dos pobres. Ante a ameaça da invasão mulçumana seus restos mortais foram levados para Bari (sul da Itália) em 1087. Daí se difundiu seu culto pela Europa. A Rússia e a Grécia o têm como padroeiro. No norte da Europa muitas crianças são batizadas com seu nome. Já no século 16, no dia 6 de dezembro, as crianças esperavam os presentes de São Nicolau que descia pela chaminé. Os emigrantes alemães e holandeses levaram seu culto aos Estados Unidos.
Comemorava-se São Nicolau relacionado com o Natal. Ele foi o ‘‘Santa Claus’’, pronúncia derivada da palavra holandesa ‘‘Sinterklass’’. O comércio se apropriou da tradição dos presentes, mas o Santa Claus (Nicolau) continuou venerado.
Aos poucos os interesses comerciais foram desvirtuando a figura dele e criando a do ‘‘Papai Noel’’, exportado pelos Estados Unidos em 1930.
Este é um ícone do consumismo imposto à nossa cultura. Ícone não inspirado na verdade histórica, nos valores éticos e nem no bom senso. Aí, infelizmente, a febre do consumo, o afã materialista da festa com seus presentes ofendem a pobreza dos meninos de rua e as famílias penalizadas com o curto salário. O espetáculo midiático das compras acentua a discriminação social da fome e da marginalização. Saibamos preservar o que fez São Nicolau e não o que fez a sua caricatura, o Papai Noel. Ter gestos de caridade: na acolhida fraterna aos outros, no dom de si, na vivência da solidariedade, na atenção às crianças mais pobres e aos necessitados. Se o Natal é festa, é antes questão de fé!
(Extraído da Revista de Aparecida)
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